domingo, 26 de junho de 2011

Toque humano

Num sei.... Ultimamente tenho assistido corridas de Formula 1 como mera formalidade. Narradores e comentaristas, tentam passar emoções que não se ve ali. Provas repetitivas, gestos de comemoração não convicentes, entrevistas com pilotos parecidas, pistas parecidas...Tudo calculado e previsível. Não tenho nada contra avanço tecnológico (muito pelo contrário), mas tá faltando um grande toque de humanidade nisto tudo !!!





sexta-feira, 17 de junho de 2011

Curva 3


     Um dos pontos emblemáticos do traçado original de Interlagos.               
                          Ainda está lá, quem sabe ela volte à vida !!!  

 Anos 60 - DKW já entrando no "miolo" do circuito .


 Anos 60 - Simca já tangenciando a "Curva 3".


 Anos 60 - Um DKW logo atrás de um Gordini.


   1975 - GP Brasil de Formula 1. Se chegava nela a mais de 300 km/h !!!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Stock Drift Cars

 Stock Cars em Jacarepagua -1979 ! E tem gente achando que "Drift" é algo recente......  Dimaisss !!!
     

terça-feira, 14 de junho de 2011

Stock "Batmóvel" Car

    Como eu disse anteriormente, a General Motors deu a base para a concretização da Stock Cars, em 1979. E isso envolvia muitos aspectos, como o suporte técnico, além da promoção propriamente dita, com direito a transmissão pela TV, divulgação pela mídia escrita, "jornalzinho" próprio, um "Show" !!! Um sucesso que lotava autódromos pelo país afora. Em Interlagos, a lotação só perdia para provas de Formula 1. Mas talvez alguns céticos irão dizer que os convites eram retirados gratuitamente nas concessionárias (bancado pela GM)... Sim ( não sei se foi em todas as provas), mas pela motivação de se locomover para alguma e lá retirar os ingressos, já manifestava o interesse pelo evento, faz muita diferença!
    Mas o tempo passou e no fim de 1986, a GM anunciou a sua retirada, pegando todos com as "calças-na-mão" !!! Foi um corre-corre e "Deus-nos-acuda" danado... E depois de muita discussão, reuniões, propostas (onde se cogitou a "morte" da categoria"), foi feita uma reestruturação total, com novas regras e tudo. Houve uma desvinculação total com a GM, onde o nome "Opala" e qualquer menção ao nome "General Motors", foi omitido e ficando unica e exclusivamente "Stock-Cars". Mesmo porque, "carrão" com "motorzão", alta cilindrada, só tinha o Opala !
    A mudança mais radical, sem a menor duvida, foi o visual, com apliques em fibra-de-vidro, dando um aspecto semelhante a um protótipo. Mas (e isso é um ponto de vista meu), na verdade era para descaracterizar a imagem do Opala, já que, mesmo omitindo o seu nome e do fabricante, o visual não deixava duvidas, era o Opala que estava lá ! Os apliques eram muito mais do que qualquer melhora aerodinâmica. Ficou um cheiro de ressentimento no ar.... Daí o apelido de "Batmóvel", esteticamente "horroroso", mas que apesar de tudo corria e baixava os tempos, e salvou a categoria da bancarrota. Essa "magoa" com a GM, foi rompida a partir de 1990, com o retorno desta.
    E só para acrescentar. A média de melhores tempos em Interlagos (em corrida),  a primeira prova em 1979, e a ultima em 1986 (com o apoio da GM), cá está:

1979  -  Afonso Giaffone   3min.32,13s 
1986  -  Zeca Giaffone       3min 03,46s

 Primeira prova em Interlagos em 13-05-1979.


 Ultima prova da Stock com "Cara-de-Opala", em Interlagos em 14-12-1986.


 Esquema da nova Stock-Cars.



 28-06-1987 - Terceira etapa do campeonato e a segunda em Interlagos. O "Batmóvel" se faz presente.....


 Paulo Gomes na mesma prova.


Segunda etapa em Goiana em 14-06-1987. Se de dianteira já era difícil reconhecer o Opalão, imagine de "costas" !!!

                                                                                                                     Fotos: Auto Esporte  e  Revista Quatro Rodas                                                              
                                                                                                                   
                                                                                                                            

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Stock Car - 2

    Escrevi sobre a primeira temporada da Stock Car há dois posts atrás. Existe um registro no You Tube de uma destas provas, justamente aquela acidentada e chuvosa corrida em Tarumã. Pequenas relíquias da internet...

Propagandas

    Propagandas antigas dão bem uma dimensão do comportamento das pessoas, no que elas consideram importante. Apesar de antigas, o apelo não difere muito do que nós vemos hoje, A diferença está nos recursos, a agressividade é maior. Em qualquer canto existe um apelo enorme para consumir: no seu computador, via telefone (um sufoco), gritarias absurdas de lojas de varejo, bom, a lista é enorme. O que conta aqui é o registro de uma época. Sem saudosismo.


 O apelo à vaidade sempre foi (e continua sendo) um recurso muito utilizado.


 Quem encontrar uma F-100 "Passeio" destas com esta grade,segura que é "mosca-branca"!


 Promoções e sorteios já é coisa bem antiga, bem mais que esta....


 Alguém poderia imaginar "Kombi Luxo" ?


Economia de combustível já estava se tornando apelo de venda.

domingo, 12 de junho de 2011

Stock-Cars

    Cacilda!!! E lá se vão mais de trinta anos desde a primeira prova de Stock-Cars em Tarumã em 22-04-1979. A verdadeira "Stock-Cars", apesar das limitações do Opalão.
    Basicamente ainda eram automóveis originais, aliviados de acessórios de uso normal ( para-choques, estofamentos, calotas, estepe, etc...) e levemente preparados, mas já bastante velozes !!! Era comum muitos dos participantes chegarem ao autódromo ( pelo menos em Interlagos), dirigindo os próprios bólidos. Com o tempo, foi se acrescentando mais liberdade na preparação. Tomando como base Interlagos (o circuito original ), os melhores tempos em 1979, giravam em torno de um pouco mais de 3:35:00 min. Em 1986 ( ano em que a GM, que apoiava a categoria, e resolveu cair fora ), estava em torno dos 3:03:00 minutos !!! Uma média entre 4 a 5 segundos por ano. Bastante expressivo.
    Para mim, a Stock-Cars de hoje é só nome.


 Primeira prova em Tarumã: Vitória de Afonso Giaffone.


 Jacarepagua no Rio de Janeiro. Zeca Giaffone a toda e vitória dele em 27-05-1979
(4ª Etapa)

 Autódromo de Goiana: Vitória do ídolo local: Alencar Jr. em 10-06-1979.
(5ª Etapa)

 Autódromo de Brasília (a época não se chamava "Nelson Piquet"). Largada e vitória de Afonso Giaffone (nº 26) em 17-06-1979. (6ª Etapa)


 Interlagos e a famosa "Curva da Ferradura". Primeira prova oficial da categoria movida à alcool.
Vitória de Paulo Gomes em 30-09-1979. (8ª Etapa)

 Nem tudo eram flores... Prova tumultuada em Tarumã, com muita chuva e acidentes.
Vitória de Raul Boesel em 14-10-1979. (9ª Etapa)

14ª e ultima etapa em Interlagos. Realizada numa sexta-feira logo após os treinos da Formula 1.
Vitória e primeiro titulo para Paulo Gomes em 25-01-1980. Acima, Raul Boesel a frente de Paulo Gomes. Muita chuva....

                                                                                                                      Fotos: Jornal da Tarde  e Revista Placar          


















sábado, 11 de junho de 2011

Standard Vanguard

   Até um tempo atrás, eu estava que nem louco a procura de algumas informações sobre a existência de alguns veículos importados pra cá até os anos 50, chamado Standard Vanguard, e nada encontrava... Era dado quase como certo que talvez não existissem mais do que dois ou três aqui no Brasil.
   Dentre os europeus, possivelmente este é uns dos que tenham sidos mais importados, talvez pelo seu porte avantajado, lembrando muito o design dos carros americanos, os preferidos do consumidor brasileiro a época (brasileiro sempre teve "queda" por carros americanos, especialmente Ford e Chevrolet).
    Eis que começo a ver alguns anúncios de venda de Vanguards. Fiquei surpreendido. Vai saber.....
    Este carro foi considerado o primeiro carro realmente "novo" após a segunda guerra mundial, já que naquele momento, devido às circunstâncias da guerra, a indústria automobilistica ainda estava se reestruturando e na sua maioria ainda fabricava veículos "pré-guerra" atualizados.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Candango

     A Vemag (que fabricava os DKWs aqui no Brasil), fabricou um jipe também (derivado do jipe "Munga", alemão, da Auto Union), batizado de "Candango" em "homenagem" aos trabalhadores braçais que ergueram Brasília. Sua produção foi paralisada prematuramente em 1962 (a Vemag foi paralisada em fins de 1967) e segundo dados da revista "Quatro Rodas", foram produzidos 7.848 jipes. Existe um registro bastante interessante no "You Tube" de Jean Manzon (já postei " Fabrica Brasileira DKW Vemag 1964 em 21 de abril, do próprio). De novo só pra constar: a narrativa é extremamente formal (padrões tipicos da época) e não acrescenta nada e nem faz referencia ao veículo em si. Portanto o que vale é o visual e, pessoalmente, o mais interessante é a partir de  1 minuto !!!





domingo, 5 de junho de 2011

George Harrison e Emerson

       Que George Harrison era (ou é) um apaixonado por automobilismo, isto não é novidade nenhuma, pelo menos para aqueles que acompanham o assunto. Que era amigo (ou é) de Emerson, também. Então mais um registro deste encontro, os dois no GP Brasil de 1979. Estive lá e procurei o Mr. George um tempão (eu estava na área de box, um luxo). Infelizmente não rendeu. Acontece....
    E outra para acrescentar, o próprio ao volante de uma "Lotus 18" de Formula 1 (utilizada por Stirling Moss entre 1960 e 61), durante um evento em Donington (Inglaterra), também em 1979.






sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rock Stars Cars

        Não dá pra dizer que o automóvel teve sempre uma conotação direta com o Rock. É mais tranquilo dizer: "a motocicleta"!  Foi sempre mais associada, tipo Marlon Brando (O Selvagem) ou Peter Fonda (Easy Rider). O conceito de um Rock Star seria algo do tipo "contra o sistema". Ter um Bentley, Rolls Royce, Mercedes. Cadillacs, BMWs, Ferraris, Porsches, enfim, aquilo que as suas polpudas contas bancárias permitiam, seria algo do tipo "traindo o movimento", era o que se acreditava na época. Cada um com suas crenças...
    Mas o que importa aqui, são estes registros curiosos. Todos com seus carrões, e ao que parece, não estavam se importando com critica nenhuma....

 Elvis-Qualquer coisa sobre rodas estava valendo. Até trator!!!


 Ringo Starr - Facel Vega II - marca francesa.


 Esta já é bem conhecida: John e Sean Lennon e o Rolls Royce psicodélico.


Mick Jagger e Aston Martin.

Loucura Não Tem Idade...

   Nada como curtir a natureza com os nossos amigos...


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Onibus

Estes não poderiam ficar fora daqui.......

 GM "Coach - Já andei num destes como onibus escolar, e já era bem antigo! Teve uma época que se utilizavam destes ônibus por mais de vinte anos!!!



 Mercedes Benz O362 - Era muito comum nas estradas e cidades, inclusive como transporte escolar. Até há pouco mais de dez anos atrás, ainda se via muitos destes rodando por aí !!!



Mercedes Benz O321 - Se eu tivesse espaço na minha garagem, este estaria lá !!!

Mecânica para Mulheres







    Não estou afirmando categoricamente, mas é quase certo que a Vemag foi a primeira, pelo menos aqui no Brasil, em ministrar cursos de mecânica só para mulheres, isso em pleno anos 60 ! Eram dadas na própria fábrica no bairro do Ipiranga em São Paulo. O que não deixava de ser uma atitude bem ousada na época.
    A proposta básica era dar uma noção de funcionamento de um automóvel, e também saber se virar em situações de emergência.
    Hoje já não causa tanta surpresa encontrar mulheres debruçadas sobre um motor, mas naqueles período era algo, pelo menos para a maioria, impensavel !!!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Brasília - Formula 1 em 1974

 Wilsinho Fittipaldi no box da Brabham.


 Carlos Reutemann no box da concorrente (Tyrrell).


Ingresso da "geral".


    Algumas garimpagens e mais coisas interessantes. Em 27 de Janeiro de 1974 foi realizado o GP Brasil aqui em Interlagos-São Paulo. Uma semana depois, foi realizada uma prova "extra-campeonato" em Brasília, inaugurando assim o autódromo local. Provas "extra-campeonato" eram muito comuns nesta época, não valia pontos, era quase que um encontro de confraternização, algo mais relaxado.

    Nesta prova somente doze pilotos participaram (em São Paulo, largaram 25). Algumas equipes, como a Mclaren, Tyrrell, participaram com um só piloto (Emerson e Jody Scheckter). A Mclaren tinha três, e não era a única. Fora a ausência de outras equipes como a Ferrari, Lotus, Shadow e Lola. Wilsinho fez uma participação especial sómente nesta prova com uma Brabham, já que neste ano ele estava totalmente envolvido com o projeto do primeiro Formula 1 brasileiro.
    Mas apesar do número reduzido de pilotos, em nada quebrou o brilho do evento. Foi uma festa que sacudiu bastante a cidade. Era moleque e estive lá. O ronco dos bólidos ecoava em grande parte da cidade.
    Como registro, dois momentos curiosos. Wilsinho no box da Brabham se refrescando, e o outro mais inusitado ainda (pelo menos nos dias de hoje) : Carlos Reutemann, piloto da Brabham, no boxe da Tyrrell. E pelo que parece, muito à vontade.... Alguém poderia imaginar, por exemplo, Vettel (da Red Bull) "examinando" o carro do Alonso, dentro do box da Ferrari?
    E para fechar, o ingresso da "geral" !

P.S. Vitória de Emerson ! Mais uma vez....

"The Board"

 Molecada "se divertindo" !

Inclinação forte !

    Se tornou popular nos Estados Unidos no início do século 20, as provas chamadas "The Board". Na tábua, numa tradução literal. Foram descobertas casualmente quando alguém se atreveu a dar umas voltinhas de carro numa pista destas, só que era concebida para bicicletas. Eram pequenas e estreitas, mas a idéia vingou e se proliferou pelos Estados Unidos afora.
    Eram assoalhos de madeira, construídas sob estruturas de madeira, como se fossem arquibancadas. Eram elevadas e com forte inclinação nas curvas. possuíam em média uma milha (1.609 mts) de extensão. Mas com o decorrer do tempo, muitas careciam de manutenção. Era madeira, ficava exposto ao tempo. Muitos carros já naquela época, atingiam os 200 km/h, as estruturas sofriam oscilações, pedaços de assoalho se soltavam,com prego e tudo e não raro, atingiam os pilotos. E sem contar que existia casos de molecadas que subiam pelas estruturas, arrancavam partes do assoalho e metia a cabeça pela abertura para "apreciar" melhor o espetaculo.... Não se esquecendo que os pneus desta época eram estreitos, uma bobeada e a desgraça estava feita !!!
     Aos poucos estas pistas foram sumindo, e ao que consta, a ultima em 1931, na Pensilvânia.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Interlagos -1972

 Equipe Lotus-Peter Warr (chefe de equipe) à esquerda e Emerson Fittipaldi ao volante (ou quase).


 Equipe Tyrrell-O dono Ken à esquerda, e Jackie Stewart ao volante.


 Equipe Lotus-Peter Warr e Emerson atentos a Ronnie Peterson.


François Cevert - o "bonitão" da Formula 1.


    Garimpei umas imagens curiosas de um teste de pneus da F1, realizada em Dezembro de 1972 no Autódromo de Interlagos, sob a tutela da Goodyear. A Lotus aqui nestas fotos, que até naquele ano utilizava os Firestone ( conquistara o campeonato daquele ano com Emerson Fittipaldi), estava migrando para o novo fornecedor. A Firestone iria se retirar da Formula 1 no final de 1974.

6 Rodas

Ferrari 312 T6

 Tyrrell P 34

 March 2-4-0

 Williams


    Pat Clancy Special



    Carro de corrida com 6 rodas não era necessariamente novidade nos anos 70, com o lançamento do Tyrrell P 34. Nos Estados Unidos se tentou algo assim em Indianápolis no final dos anos 40, mas só ficou na experiência. "Pat Clancy Special" era o nome dele, quatro rodas posteriores. A Tyrrell inovou em fazer isto com as da frente, e que se diga de passagem com bons resultados, incluindo uma vitória no GP da Suécia de 1976 ( ano da estréia ), apesar da complexidade do sistema de direção. Tente imaginar o que deve ser alinhar 4 rodas! E fora a medida especial dos pneus de 10 polegadas, exclusivamente para a Tyrrell. Talvez aí a coisa tenha começado a dificultar, já que não era interessante para a Goodyear desenvolver um modelo e composição especial para uma só equipe. O projeto foi aposentado em fins de 1977.
    Houve outras tentativas, e uma delas foi considerada um "golpe" publicitário. Era o que se dizia na época. Foi a extinta equipe March, com o modelo "2-4-0". Ficou só nos ensaios. A Ferrari tentou algo assim, mas juntando as rodas, parecendo eixo de caminhão. E mais tardar, no inicio dos anos oitenta, a Williams começou a desenvolver um projeto com quatro rodas traseiras. Mas logo depois os regulamentos foram alterados e a vida dos "seis  rodas" foi aposentado !