sábado, 30 de abril de 2011

Subida de Montanha - Pico do Jaragua


 
    Participava destes tipos de corrida: "Subida de Montanha" ! De automóveis antigos, e de vasta linhagem, nacionais e importados! Basicamente, cada carro largava individualmente e corria o maximo que podia até o topo.
    Daí se contabilizava-se o tempo e tirava-se os resultados. Lógico que se dividiam em categorias, não seria justo somar um tempo de quem pilotava uma Porsche, contra um Fusca . Se bem que tudo dependia do talento de quem pilotava ! Isso acontece..... São 4.500 mts até o topo, cheias de curvas e pequenos trechos de reta.                                          
    Este sou eu aí na foto, com um DKW-Vemag, modelo Belcar-1967. Nunca ganhei uma, mas modéstia a parte, estava sempre perto, e me divertia pra cacete !!!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Super Kart - 1983


    Este é Emerson Fittipaldi, participando de um torneio chamado "Super Kart"em 1983, foto esta feita no kartódromo de Interlagos, de onde ele foi o campeão. Além dele, participavam outras figuras conhecidas do meio como Maneco Combacau, um dos precursores do kartismo aqui no Brasil.
Este foi um período de "entre-safra" na carreira dele, pois até o ano anterior (1982), ele comandava a Equipe Fittipaldi de F1, só como chefe, não mais como piloto. A equipe começou a ser desfeita no final daquele ano, e este torneio de certa forma, acabou sendo um período de reciclagem na vida dele. Mas em 1984 lá estava ele, iniciando a sua carreira vitóriosa na Formula Indy !!!

Divisão 3




    Esta já seria a "Divisão 1" mais quente: a Divisão 3, ou seja, muita coisa podia ser alterada ( motor, transmissão, suspensão, carroceria ), mas que mantivesse o seu projeto básico. E dentro desta Divisão 3 ( assim como a "1" ), havia subdivisões, depedendo da cilindrada.
Nesta foto, é um Chevette da categoria "A", os carros de menor cilindrada e nem mesmo assim poucos velozes. Normalmente quem imperava mais eram os carros com motores refrigerados a ar, como os fusquinhas e Brasílias, mas...de vez em quando, aparecia um "Estranho no Ninho" pra dar alguns sustos!!!
Como este Chevette pilotado por Edgard Mello Filho ( hoje jornalista ).
Notem os "apliques de acrilico na dianteira para melhor efeito aerodinâmico ( só deixando aberturas para ventilação do motor ) !
    Uma curiosidade em relação a esta foto, é que se vocês notarem bem, não é um boxe propriamente dito, mas uma cobertura improvisada dentro da hoje "estraçalhada" curva do "Sargento"!
Estavam fazendo alterações "radicais" nos boxes para que se adaptasse para as provas de F1 ( a foto é de 1978 ).

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Euclides Pinheiro


    Falei de Euclides Pinheiro no post anterior. Não sei se é ele que está ao volante, mas é da equipe dele. Um Opala com duas frentes, de onde se faziam piada que não se sabia se estava indo ou vindo. Este show ( com direito a muitos cavalos-de-pau, para-choques humanos, duas rodas, etc...) foi preliminar de umas das etapas da Stock-Cars, realizada aqui em Interlagos ( São Paulo ), em 1979 !!!

terça-feira, 26 de abril de 2011

"Le Casse"


"Le Casse" é o nome do filme. Segundo publicação da revista "Opala & Cia,"nº 21, esta cena de perseguição foi feita por dois pilotos acrobatas brasileiros que, a esta época residiam em Portugal: Euclides Pinheiro e Antonio Perez. Ou seja, aquele pessoal que dava shows em duas rodas, "cavalo-de-pau", "para-choque humano", e por aí vai...
Euclides foi um pioneiro desta atividade aqui no Brasil. Infelizmente o material sobre ele ainda é muito pouco, inclusive aqui na rede....

sexta-feira, 22 de abril de 2011


    Esta Vemaguet era do meu pai. Sempre fui muito ciumento com ela, fazia questão de trata-la muito bem. Tinha até ciúmes quando o meu pai botava a mão, vai saber.....
Fazia questão de lava-la, passar aspirador, limpar os bancos, dar um lustro. Era tudo de bom e eu ficava muito feliz por isto. Motor embora eu não entendesse do assunto, fazia questão de verificar o nivel do radiador, e ficava encantado de ve-la rodando em consequência dos meus cuidados. Ficamos seis anos com ela.
    Esta é uma Vemaguet "Rio", em alusão aos quatrocentos anos da fundação do Rio de Janeiro. Um modelo comemorativo. ( Assim como o seu irmão "Belcar Rio" ), todos ano 1965. É muito raro, tinha todo um acabamento especial, com cores personalizadas.
    Mas um dia meu pai resolveu comprar um Opala "Especial" e passou a Vemaguet para um tio meu. Parcelada. Mas parece que não passou da primeira ou segunda parcela e o meu pai deixou quieto !  Coisas de família......

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Divisão 1 em 1976



Quem procura acha, de preferência coisas boas.... Comentei há alguns posts atrás que não havia encontrado nada sobre corridas de "Divisão 1". Pois aqui está, filmado provavelmente com uma camera de "super 8"! Cenas estas feitas em Interlagos! Só fico imaginando o que deve ter de filmes e fotos "enterrados" por aí em algum baú da vida! E aí gente, vamos botar este material pra circular, botar energia nisto tudo !!!

Fabrica da Vemag


    Jean Manzon era fotografo e cineasta. Produziu muitos, mas muitos documentários que eram exibidos nos cinemas antes dos filmes propriamente ditos. Todo este material ficou parado muito tempo e houve alguma "mão santa" que conseguiu resgatar verdadeiras preciosidades como esta, que registra a linha de montagem da Vemag, que fabricava os DKWs. Se não me engano são quatro, e os assisti numa exibição especial.
Foram primorosamente recuperados. O texto do filme é extremamente formal e ufanista, padrões bem típicos da época. Na verdade não acrescenta nada, pois não fazem menção nenhuma à fabrica e aos automóveis em si.
    Mas é um registro sensacional pelas imagens e vale a pena conferir!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

GP Brasil 1975 - Pace



José Carlos Pace- GP Brasil de 1975
Foto scaneada de uma antiga revista italiana:" Autosprint". Eu era moleque e vi literalmente esta cena na minha frente! A festa foi muito louca...
Foi a primeira e única vitória dele na F1. Nesta epoca ele corria com uma Brabham. Logo atras em segundo chegou o Emerson com uma McLaren. Foi uma festa muito bonita!

São Paulo Indy 300



A Formula Indy tá chegando aí!!! Vamos ver se os bólidos não irão "sambar" de novo na passarela, e não ficar naquela correria louca para "frisar" a pista de concreto durante a madrugada. Funcionou, mas a poeira de cimento deve ter incomodado muita gente!


Esta foto deve ser em torno de 1974. Era de uma categoria chamada Divisão 1. Ou seja, eram carros de linha onde as modificações eram restritas, O automóvel tinha que ser totalmente original. As unicas alterações envolvia segurança, ou seja: ausência de para-choques, calotas, filtro de ar etc. Nem o estofamento podia ser retirado. Colocação de "santo-antonios", extintores, chave-geral, pneus radiais ( que na epoca não era item de linha na grande maioria dos automóveis)  e por aí vai. Aaaa, e escapamento aberto, saindo pelas laterais, graças a Deus....
Mas nada impedia que se fizesse acertos nos carros, motores e principalmente suspensão ( no caso do Opala isto era muito visado, sempre muito problemático).
As disputas eram muito loucas, era muito comum se ver sete ou oito automóveis disputarem o primeiro lugar. Ver sete ou oito automóveis "travarem"  os freios juntos  na entrada da curva "1" (atual entrada do "S" do Senna)  valia o espetáculo!!!
Na verdade o automobilismo desta epoca era algo provinciano, tipo cidade do interior, cada um sabia a "manha" dos outros: quem chorava mais tomava, quem não, ficava quieto e levava vantagem, era assim que funcionava. Só lamento não encontrar imagens, pelo menos até agora, no "you tube". Mas fica o registro aqui desta disputa linda. Notem como os pneus entortavam nas curvas...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Coliseu Romano

Este video já é antigo, foi postado em 2007. Mas serve de referencia. Além de maltratar um automóvel maravilhoso, se expõem a riscos desnecessários. E eles sabem muito bem disto.
Lamento pelo Opala..

domingo, 17 de abril de 2011






    Não assisti o GP da China. Estava desmotivado pra assistir só um desfile de carros velozes. Masssss...me arrependi! Aquela ultrapassagem de Hamilton sobre Vettel valia uma noite de insonia !!!
    Apesar da eletrônica, que é muito bem vinda, a ultima palavra é do homem. Quando ele decidiu, ele fez! Esfregou o "nariz "na traseira de Vettel e mandou bronca. Que mais dizer?
     Me lembrou dois episódios na F1: Senna X Piquet no GP da Hungria  em 1986 ( ultra ultra classico ), e Nigel Mansell X Gerhard Berger no GP do Mexico, em 1990.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Riscos reduzidos

                                                                                  




    Verdade seja dita, apesar da chatice que praticamente impera nas corridas de F1, no que diz respeito em matéria de segurança, é algo extraordinário. Desde a infra-estrutura para suporte e atendimento, seja nos próprios circuitos, mas principalmente a tecnologia empregada na construção dos bólidos. É algo que até hoje me surpreende. A adoção da fibra de carbono tem muito a ver com isso, o que aliás tem muito uso hoje em dia em outras areas, como um guarda-chuva que comprei recentemente.
É lógico que é preciso ficar atento. afinal estes carros hoje são muito mais rapidos e totalmente integrados a computadores.
    Sem querer parecer tragico, coloquei dois videos de acidentes da Formula Indy (que está no mesmo caminho). Qualquer pancada "generosa" nos muros, transformavam estes carros em farofa. A comparação tem quase 30 anos de diferença (uma é de 1981 e outra do ano passado. É impressionante, sendo que do ano passado ficou com "leves" escoriações, e o primeiro ficou de "molho" um tempão!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fiat Tempra
Fiat Tipo
Fiat 147
Alfa Romeo 2300




Alfa Romeo 2150 
Isto é uma observação pessoal, não tem nada a ver com pesquisas ou algo assim. Já tenho observado, pelo menos aqui no Brasil, quando determinados modelos italianos fabricados por aqui, deixam de ser produzidos, desaparecem com relativa facilidade do cenário das ruas. Claro que isto varia conforme a quantidade de que se foi produzido. De todos estes aí encima, certamente as Alfas 2150 e a 2300, desapareceram com muita facilidade. E sem contar o rareamento de peças para reposição. Talvez seja algo cultural. O brasileiro conviveu durante muitos, mas muitos anos com modelos americanos, de concepção e manutenção bastante simples, se comparado com os dos italianos, de comandos de válvulas no cabeçote. Talvez aí estivesse o "calcanhar-de-aquiles".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Niki Lauda

Niki Lauda-Ferrari 312 T2 - GP Alemanha 1976


Taí um homem que me surpreendeu. Me lembro quando moleque, estava escutando a transmissão pelo rádio do GP da Alemanha de 1976, com a narração de Wilson Fittipaldi, o "Barão". Lá pelas tantas ele enxergou um foco de fumaça e o seu tom de voz se alterou, ficou mais pausada. O seu filho, o Emerson, estava na competição,  Nurburgring é um circuito longo (quase 23 km) e cada volta na epoca levava em torno de 7 minutos. Haja coração....pai é pai. E mãe é Mãe, não tem jeito, o coração tá lá com os filhos.....
Passado o susto aí venho a informação: Niki Lauda sofreu um grave acidente, com graves queimaduras e um sério compromentimento dos pulmões, segundo informações da epoca. Passados 40 dias (entre periodos de hospital e recuperação) lá estava ele, para espanto geral, dentro de uma Ferrari no GP da Itália e ainda chegou em quarto lugar. Mas, o que aconteceu com este homem durante o período de recuperação no hospital, de onde já estavam dando como caso perdido?
Assisti a uma entrevista dada por ele a um jornalista brasileiro, que me deixou emocionado. Disse ele que a uma certa altura precisava conversar com alguém, e essa pessoa acabou sendo um padre ou um religioso, enfim......Passado algum tempo, ele sentiu um toque no corpo  (estava com o rosto queimado, portanto não estava vendo nada) e perguntou o que estava acontecendo. Lhe informaram que estavam lhe dando a extrema-unção.....
Pois é, aí deve ter acionado alguma coisa nele, pois me lembro perfeitamente quando ele disse que depois deste episódio, precisou tomar algumas decisões ali com ele. Que decisões são estas? Não importa, só importa pra ele, mas que funcionaram, funcionaram. Mas infelizmente teve que chegar ao extremo para fazer isto, vai saber.....


Buick "Eight"Roadmaster-1949
Li e reli várias vezes toda a minha coleção de "As Aventuras de Tintin" ! Uma das maiores peculariedades de Hergé, seu autor, eram os detalhes. E entre esses detalhes estão os automóveis. Existe um site muito interessante que detalha "todos" os carros, comparando com a foto dos originais. Aqui...http://dardel.info/tintin/indexE.html

Rareando-5

Ford Maverick


Este ainda dá pra se ver circulando.
Partindo de um projeto norte-americano, o Maverick teve um lançamento aqui no Brasil cheio de tropeços e histórias confusas.
Em meados de 1968, a Ford brasileira lançara o Corcel, um projeto da extinta Willys batizado de "Projeto M", que a Ford tinha recentemente absorvido. Mas alguns meses depois a GM lançou o Opala, nas versões de quatro e seis cilindros, basicamente um Opel Rekord alemão adaptado às necessidades brasileiras. Foi um sucesso, chegando inclusive a "roubar" parcela da clientela do Corcel apesar de teoricamente serem pra publicos distintos.
O Corcel iria disputar na faixa do Fusca e ocupar a que pertencia o DKW Belcar e o Gordini. Mas o Opala estaria uma faixa acima, dos médios, e o mais próximo seria o Aero-Willys e o Itamaraty (produzidos agora pela Ford) mas tecnicamente já eram considerados obsoletos. Isso possivelmente teria deixado a Ford perdida e daí que a história da escolha de um modelo se torna confusa. Até optarem pelo Maverick e decidirem que critérios seriam utilizados para produzi-lo e coloca-lo à venda, levou mais de quatro anos.
Lançado no primeiro semestre de 1973 com muita divulgação e o famoso jargão da epoca "Fuja da Rotina", foi lançado em duas versões : Maverick Super e GT. O GT sem comentários, é considerado aqui no Brasil, entre um dos maiores classicos já fabricados, com o seu fantastico motor V8. Mas um dos fatores,(talvez o principal) que tenha abalado o projeto Maverick foi a escolha do motor 6 cilindros que era do Itamaraty (basicamente o mesmo que se utilizava no Aero-Willys, Jeep, Rural), se mostrou extremamente problemático, entre outros: alto consumo, baixo desempenho, super aquecimento.... neste item, a Ford precisou fazer um tipo de "quebra-galho", colocando uma mangueira extra pra refrigerar melhor os ultimos cilindros do motor. E isso sem contar que logo apareceu aquela famosa "crise do petróleo", onde os carrões começaram a ser crucificados.
A Ford conseguiu dar uma estabilizada na imagem e nas vendas do Maverick a partir de 1975, quando sua fabrica de motores de Taubaté foi inaugurada e já estava produzindo para exportação, o conhecido motor "OHC" de quatro cilindros, que passou a equipa-lo.
Mas mesmo assim ele não era paréo para o Opala, não respondendo significativamente nas vendas, o que fez a Ford suspender a sua produção em 1979, com um pouco mais de 100.000 veículos produzidos. O Opala já tinha passado da marca dos 500.000 em 1978.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sem Comentários

Rareando-4

Dodge 1800



Este pode-se dizer que é raro mesmo, muito dificil encontra-los circulando por aí. Lançado em 1973, com muita divulgação, acabou apresentando diversos problemas, tanto em desempenho como em acabamento e até com atendimentos em concessonárias. A Chrysler do Brasil conseguiu sanar isso tudo só a partir de 1976, rebatizando o carrinho por "Polara", e aí ele mostrou serviço. Em termos de desempenho, segundo testes da epoca, ele chegava a 160 km/h, e isto era demonstrado nas pistas onde travava duros duelos com o seu mais próximo "rival": o Passat.
Mas essa epoca de grandes resultados não durou muito. A Volkswagen adquiriu a Chrysler brasileira em 1979 e dois anos depois, juntamente com os "Dodjões", foram tirados de linha.
Atualmente, é um dos carros mais visados por colecionadores.

    terça-feira, 5 de abril de 2011

    Coisa de Louco

    Rareando-3

    Kombi
    Por falar em Kombi, quanto será que valeria uma Kombi destas aqui no Brasil? Provavelmente a maioria a veria como "lata-velha" ou algo parecido. Pois no exterior está valendo pequenas fortunas. Não se sabe ao certo pra onde estão sendo exportadas, pelo menos até agora não tenho esta informação. Mas que várias já saíram daqui, isto é fato. Esta foto acima de um embarque em um container, já tem mais de um ano. Quantas mais já não caíram fora daqui desde então?

    Corrida de Kombis


     Alguém poderia imaginar uma insanidade como corrida de Kombis? Isso ocorreu no Rio de Janeiro nos anos 60, ao que consta mais precisamente, em 1968. Alguém sabe aí o que é fazer curva com uma Kombi???

    Rareando-2

    Brasília
    Variant
    Me chama a atenção de como estes dois modelos estão sumindo de circulação, pelo menos aqui em São Paulo. Até uns dois anos atrás eram figurinhas fáceis de se ver. Provavelmente tem a ver com a inspeção veicular adotada a algum tempo por aqui. Normalmente eram veículos já bastante castigados em sua maioria, muitos o utilizavam para serviços e não raro, sobrecarregados.
    De qualquer forma, não deixa de ser surpreendente, de como muitos deles resistiram mais de 30 anos de plena atividade. A Variant, no caso este modelo (tinha o "Variantão"), foi desativada em 1977, e a Brasília em 1983.
    Já já será item precioso de colecionador....


    Está aí a grande rival da Vemag. Era uma equipe bem abastada, dinheiro não era problema, ao contrário da Vemag. Era chefiada por Luís Antônio Grecco, o "Trovão", cuja uma das grandes habilidades além de grande estrategista, era a de contratar grandes pilotos assim como mecânicos. Passaram pela Willys nomes como: Emerson e Wilsinho Fittipaldi, José Carlos Pace, Luis Pereira Bueno, Bird Clemente, Francisco Lameirão, Carol Figueiredo, sendo que os quatro primeiros tiveram passagem pela Formula 1.
    Assim como a Vemag ( que foi adquirida pela Volkswagen em 1966), a Willys teve o mesmo destino, sendo absorvida pela Ford entre 1967/1968. Mas Grecco manteve sua equipe ativa, sob a tutela da Ford. Se tornou famosa a sua equipe "Mercantil-Finasa", principalmente com os Mavericks V8. Corridas históricas, mas isso já é outra história........

    Link recomendado....http://www.brazilyellowpages.com/willys.html




    segunda-feira, 4 de abril de 2011

    Viajar de Carro

    Dodge Dart
    Viajar de carro. Há quanto tempo não faço isto. Mas viajar no sentido de soltura, sem pressa, não ter hora pra chegar, curtir a paisagem, fazer aquelas paradas estratégicas para comer um pastel. Curtir o desempenho do "possante" e sentir prazer no que está fazendo. Aquele bate-papo gostoso com o acompanhante, se for com a namorada, melhor ainda....
    Quando era criança era a minha felicidade, era tudo mágico: a estrada, os caminhôes gemendo na subida, os pastos que eu curtia a distância...tudo era prazeiroso. Não existia explicação ou lógica pra nada, magia, pura magia...
    Mas é aquela coisa, caimos naquilo que se convencionou a chamar de "a realidade da vida", corremos atrás de mil coisas, e enterramos todo esse nosso encanto, e acabamos nos perdendo de nós mesmos......

    Modelos Populares-Fusca "Pé-deBoi"



    Fusca "Pé-de-Boi"
                                                        
    Este talvez seja o que menos deu errado. Afinal, apesar da "depenagem", continuava sendo um Fusca. O seu apelido, "Pé-de-Boi" ganhou conotação até nos dias de hoje, para qualquer tipo de carro popular.
    Mas apesar de tudo, continuava sendo um fusquinha pobre, perto do seu irmão "rico", com todo o luxo já disponível pra ele (cromados, tapeçaria, rádio, esguicho para lavar para-brisa, etc...)
    Todos estes veículos aqui mencionados, são verdadeiras "moscas brancas", ou seja, verdadeiras raridades de se encontrar hoje em dia, mesmo porque é bem possível que muitos destes modelos estejam restaurados, mas não na sua forma original, e sim como um modelo "normal" com todos os seus acessórios.

    Modelos Populares-Simca Alvorada e Profissional

    Simca Alvorada
                                                                  

    Este pode-se dizer que foi um verdadeiro "furo na água". O Simca, assim como o Aero-Willys, eram os carrões luxuosos da epoca. Um Simca "popular", depenado, seria algo nas devidas proporções, como se lançassem um "Fusion" popular.....
    Sua produção não chegou a 400 unidades. Chegou a se fabricar uma variação deste mesmo modelo, batizado de "Profissional", destinado a taxistas, com resultados ainda mais desalentadores, algo em torno de 25 unidades!!!

    Modelos Populares-Teimoso

    Teimoso-Willys
                                                            
    Outro modelo popular: o "Teimoso". Basicamente é um Gordini pobre, muito pobre. Notem a ausencia de lanternas, nem pisca-pisca, nada. Só uma luzinha vermelha acima da placa, no lugar da luz de licença. Imaginem este carro a noite com esta cor.....
    Os bancos dianteiros eram só estruturas tubulares, com um curvim reforçado só na região onde o motorista se acomodava, não tinha forração, molas, espumas, nada. As laterais eram vazadas, podia-se enxergar do outro lado com as portas abertas. As cores, isso no caso de todos os modelos populares, eram limitadissimas, não passava de duas, tudo isto para baratear.
    Além da ausencia dos itens que mencionei no post anterior.
    Não se trata de denigrir a imagem destes carros, muito pelo contrário, gosto muito deles. Mas a proposta é que foi muito ruim.
    Pessoalmente eu acredito que as montadoras não estivessem nada satisfeitas com isto, pois, além de "queimar o filme" de seus modelos, não repercurtiu nada em vendas.....

    Modelos Populares-Caiçara e Pracinha


    DKW Caiçara
                                                              
    Houve uma necessidade do governo brasileiro em aumentar a venda de automóveis no inicio dos anos sessenta. Para isso criou-se um plano de financiamento através da Caixa Economica Federal. Mas não bastava só isto. Os carros precisavam ser mais baratos, ou seja, depena-los de tudo aquilo que, pelo menos na epoca, era considerado  "superfluo", ou seja: tapetes, forrações internas, tampas de porta-luvas, cromados (que eram quase itens obrigatórios), lanternas, cores, etc, etc....Rádio então nem pensar!
    Eram muito desconfortaveis e consequentemente as vendas foram um fiasco, pois quem tinha, em sua maioria  acabava os equipando com o que faltava, ou que achava que era essencial ( daí começou a prosperar o mercado de acessórios, pois até as concessionárias ofereciam "pacotes" de produtos), resultado: o barato saiu caro... E quem já sabia da reputação não queria nem saber.
    Este modelo aí de cima, é a perua "Caiçara" da Vemag ( mais tarde houve uma outra variação com a mesma proposta, batizada de "Pracinha"). Entre os itens faltantes mencionados acima, não tinha aeração interna pois as janelas traseiras simplesmente eram um tampo de vidro,não abriam, uma estufa terrível no calor. A pintura não tinha base, era tudo pintado direto na chapa e por aí vai.
    Tudo isto para baratear a peruinha, o que, de acordo com a tabela da epoca, chegava a ficar em torno de 50% mais barato que o original.

    domingo, 3 de abril de 2011

    Feeling-2

    Jim Clark e Graham Hill
                                                      

    Jim Clark. Não é do meu tempo, mas não é difícil constatar: talento natural puro. Pra chegar na Formula 1, no caso dele. não houve grandes "sacrificios" ou algo assim. Quando viu, já estava lá.
    Tinha uma habilidade absurda em conduzir os carros, e uma delas, que eu destaco, era a habilidade em ser muito, mas muuuuuito rapido, sem forçar o bólido, ao ponto de terminar corridas com o carro "inteiro"! Já terminou corridas sem óleo no motor! Houve depoimentos de concorrentes que, quando estavam atrás dele, achavam que  estava "lento", que "dificultava" a ultrapassagem, quando era o oposto: os concorrentes estavam forçando as suas maquinas, enquanto Jim Clark dirigia suavemente.....talento natural.
    Mas o oposto ocorria. Segundo um depoimento de Jackie Stewart, muitos anos depois, o ambiente que gravitava em torno da F1, não deixava Jim Clark muito à vontade, tinha um desejo sempre de se recolher para a sua fazenda na Escócia, vai saber.....
    Morreu em circunstâncias consideradas até hoje misteriosas, em Hockenheim, na Alemanha, durante uma corrida de Formula 2.

    Equipes de Fábrica-2







    Chico Lameirão-Roberto Dal Pont-Eduardo Scuracchio-Jorge Lettry-Anísio Campos-Mário César de Camargo Filho


    Como já disse anteriormente, cada fabrica tinha seu departamento de competição e seus pilotos contratados, todos recebiam pra correr. A Vemag e a Willys, certamente eram as que mais se pegavam e, segundo diz a história, chegava a níveis pessoais, mas não vou me meter neste departamento. E como todo "time", tinha o seu técnico, e no caso da Vemag este era Jorge Lettry. Compensava o baixo orçamento da Vemag, com sua disciplina e os seus profundos conhecimentos de mecânica (chegava a tirar mais de 100 cavalos de um motorzinho de 1000 cilindradas). Entre os seus contratados são estes que estão aí na foto no pátio da Vemag: Francisco Lameirão, Robert Dal Pont, Eduardo Scuracchio, Jorge Lettry, Anísio Campos e Mário César de Camargo Filho (Marinho), este considerado até hoje, o maior especialista em pilotar DKWs, pelo menos aqui no Brasil.
    Este departamento foi extinto no primeiro trimestre de 1966, período este que a Vemag já estava em negociações com a Volkswagen para futura aquisição.
    Vale ressaltar duas coisas: a Vemag foi a primeira fabrica aqui no Brasil a montar este tipo de esquema. Outra: o maior interesse na epoca em se montar estes departamentos é que ao contrário de hoje, não se tinha laboratórios sofisticados, pistas próprias ( como da GM em Indaiatuba ) aonde se pudesse testar os veículos em todas as variantes possíveis. E nas pistas, qualquer problema aparece na hora, dando um feedback instantaneo, o que aliás, até nos dias de hoje continua valendo.

    Link recomendado:   http://www.obvio.ind.br/A%20equipe%20Vemag%20e%20seus%20ases%20do%20volante%20-%201965.htm

    sábado, 2 de abril de 2011

    Equipes de Fábrica-1

    DKW "Mickey Mouse"


    Nos anos sessenta, se tornou muito populares as disputas  entre as equipes de fabrica: Vemag, Willys. Simca e FNM.
    Certamente as que se pegavam mais, era entre a Vemag com os DKWs  com os Belcar e Malzonis, e a Willys com os Gordinis e Interlagos ( modelo esportivo). Todas as equipes tinham pilotos contratados e recebiam por isto, e cada uma sempre procurava alternativas para se superarem.
    No caso da Vemag, uma destas alternativas é este Belcar modificado: ficou mais curto, aerodinâmico, leve e com um motor mais potente. Um demônio em circuitos travados cheios de curvas, mas muito instável em longas retas e curvas de raio longo. Foi apelidado de "Mickey Mouse".
    Na segunda metade dos anos sessenta, foi vendida a um particular, apelidado de "Volante 13", período este onde criou grande reputação pelo seu desempenho endiabrado nas pistas e também pelo "mistério" de seu piloto, até ser superado por rivais mais potentes e modernos.
    Este carrinho continua "vivo" até hoje e já foi exibido em vários eventos.

    sexta-feira, 1 de abril de 2011

    Apenas Humanos


    A primeira corrida que vi na minha vida, foi um GP de F1 aqui em Interlagos!
    Foi em 1974. Imagine isso numa cabeça de uma criança, e dentro dos boxes, aquilo mexeu comigo. Tudo o que eu via pelas revistas, jornais, TVs estavam ali, diante de meus olhos: carros super-barulhentos, mecanicos agitados, enfim, aquele corre-corre normal em período de corridas.
    Mas uma coisa me chamou a atenção. Nós temos sempre a idéia que pessoas famosas, no caso os pilotos, seriam algo do tipo "seres supremos e inatingíveis, deuses" ou algo assim. Pois bem, num ambiente destes a ficha caiu, são pessoas, simplesmente pessoas. Uns com a família, outro com a namorada, mais um comendo cachorro-quente junto ali com o "povão", enfim, seres humanos. Mas nada me fez perder o encanto do espetáculo !!!

    Perigo

    Agora, verdade seja dita, que correr de automóvel antigamente era muito, mas muuuuito mais perigoso, isto era!!!

    Chico Landi

    Chico Landi


    Tive o prazer de conhece-lo  pessoalmente, aliás  várias vezes. Eu era frequentador assíduo de sua oficina, instalada nos fundos de sua enorme propriedade, aqui em São Paulo. Assim como eu, outras pessoas faziam o mesmo, nem que fosse só pra tomar um café com ele. Tinha grande paixão pelo trabalho dele, gostava de contar "causos" e também dar umas "aulinhas" de mecânica. O que conheço de mecânica hoje em dia, devo em boa parte a ele.
    Mas tinha, digamos, "um procedimento mórbido" para testar pretedentes a piloto. Fui uma das "vitimas".
    Eu tinha um Opala 250S, um foguete até para os padrões de hoje. Estava eu ao seu lado  (ele no volante, lógico), numa avenida de grande movimento aqui em São Paulo, parado num sinal (Juscelino Kubitschek), eis que quando dá o verde, ele dispara a toda, sentido Marginal ! Calculo que tenha chegado em torno de 160 a 170 km/h....Fechei os olhos, num vi nada, só abri na Marginal, quando aliviou e entrou no ritmo do transito. Aí ele me deu uns tapinhas no meu ombro e perguntou: "Tá tudo certo aí, professor?" Era o jeitão dele.....

    Politicamente "Incorreto"

    James Hunt, acompanhado, sentado numa McLaren.
    Uma cena que gostaria muito de ver hoje em dia: um piloto fumando. Neste mundo atual, "politicamente correto", fica cada vez mais complicado se comportar simplesmente como um ser humano....

    Felling-1

    Ronnie Peterson e Emerson Fittipaldi


    Sempre gostei de pilotos "anti-convencionais", daqueles que fogem do senso comum. Ronnie Peterson, pra mim, era um destes. Pilotava com o "coração", não usava a lógica racional  pra saber o que precisava fazer numa pista. Ninguém precisava entender nada de corridas pra sentir o que ele estava fazendo. Felling puro. Esta entortada aí na foto  não é acidental, era o "jeitão" dele. Contrariava a "lógica" da época, de que, quanto mais se derrapava com um carro, mais tempo se perdia, pois no caso dele, acreditem, funcionava ao contrário......